A partida realizada na Maçã teria uma “estória” resumida não fossem as incidências finais de um jogo que será recordado e objecto de prelecção até final da época.
Para a história fica a vitória, incontestável, da nossa equipa por três bolas a zero, no entanto para quem não assistiu ao encontro poderemos complementar dizendo que entrámos decididos a vencer, e logo aos trinta segundos de jogo tivemos a primeira de muitas oportunidades para facturar, dessas apenas três tiveram o merecido êxito, o golo, as restantes ou não tiveram a devida direcção ou esbarraram nos ferros, no guarda-redes e nos demais jogadores de campo afunilados entre a linha de área e a da baliza. Pelo contrário, o nosso opositor apenas dispôs de uma flagrante oportunidade para marcar, a qual foi superiormente defendida.
Cada treinador desenha a táctica da sua equipa à medida dos seus jogadores, da sua mentalidade ou dos seus objectivos, devendo no entanto considerar que ao nível deste escalão é imperativo que esteja presente a função aprendizagem. Ficou bem patente, desde o apito inicial, que o técnico adversário iria utilizar todas as “armas” para maniatar o nosso futebol, assim começou por utilizar e transmitir à sua equipa (e aos seus colaboradores fora de campo) a utilização do anti-jogo, ou seja, a bola saía de campo e demorava uma eternidade a ser reposta ou simplesmente a ser entregue (usando-se inclusivamente simulações fora de campo, “faz de conta que vou apanhar a bola e viro costas!”), depois exerce-se pressão sobre a arbitragem, confundindo-se agressividade sobre a bola com violência, contudo quando a sua equipa varre literalmente os adversários faz-se vista grossa e nem um simples pedido de desculpa se consegue ensinar a uma criança de nove anos, ainda não satisfeito o digno e insuspeito treinador adversário tenta enganar uma criança de nove anos, por sinal o nosso guarda-redes, dizendo-lhe que não pode agarrar, na área, uma bola que sobra de um ataque da sua equipa, para que o seu atacante pressionasse e daí conseguisse vantagem, no entanto esse menino de nove anos não se intimidou perante um adulto mal formado e ridículo, naquele momento, perante todos quanto o ouviam.
Em jogo não nos conseguimos abstrair dos vários factores de pressão externos e da violência que o juiz ia permitindo em campo, sem qualquer punição, e entrámos por caminhos que não são, decididamente, os nossos, não podemos responder a uma agressão com outra agressão, não podemos falar ao árbitro como se se tratasse de um colega de escola, temos que saber respeitar quem tem a função de ajuizar, por muitos erros ou injustiças que ele cometa, por isso fomos devidamente admoestados com dois cartões amarelos. Ainda assim podemos celebrar um golo acabado de marcar, indo buscar a bola à baliza adversária e no percurso para o centro do terreno pontapeá-la para o ar, de forma efusiva e ordeira, num momento em que o jogo se encontra parado e em que o dito juiz, de costas para o sucedido, aponta o número do jogador que acabara de marcar o terceiro tento, nesse momento esperamos que um árbitro de 1ª Categoria Distrital, com muitos anos de actividade e experiência não só no futebol mas também no futsal, saiba equilibrar os pratos de uma balança seriamente tendenciosa, ou mais, exige-se imparcialidade a uma pessoa que tem como actividade profissional a responsabilidade de pertencer a uma força de segurança, ao invés pune-se sem ver, sem se aperceber do que realmente aconteceu, apenas pelo alvoroço do que se ouviu, um atleta feliz pela justiça de um resultado alcançado, depois de tantas contrariedades.
Nós vamos certamente aprender algo para o futuro, esperamos que os atletas Sesimbrenses possam igualmente evoluir de uma forma positiva no futebol, pois têm meninos com qualidade, irão, no entanto, precisar de um outro treinador, com formação e ambição, quanto ao Sr. Juiz de facto já não conseguirá almejar outros patamares, uma vez que brevemente atingirá o limite de idade, neste momento estamos certos que, ao contrário de outros, não deixará saudades.
A terminar a primeira volta, conseguimos, neste encontro, somar mais três pontos na caminhada para o nosso objectivo, a presença na Fase Final do Campeonato Distrital de Benjamins B.