Dia 5 de Abril:
Num percurso imaculado durante a Fase de Grupos, na qual conseguimos cinco vitórias em igual número de jogos disputados, garantindo o lugar cimeiro no Grupo 11 e conseguindo algo histórico para o nosso Clube, chegámos ao dia em que teria início a Fase Final, para a qual se apuraram 32 equipas, de um total de 57, distribuídas por 11 grupos.
Em sorte, através de um emparelhamento previamente definido pela organização, iriamos defrontar o melhor terceiro classificado de todos os grupos, os Espanhóis do Granada CF.
O Granada CF era uma equipa completamente desconhecida para nós, uma vez que não tivemos possibilidade de efetuar qualquer observação em jogo, assim apenas obtivemos algumas informações de anteriores adversários.
O dia amanheceu com o nosso grupo de jogadores algo nervosos e com a ansiedade de saber qual a equipa que iriamos defrontar, no entanto após comunicada a informação do nome do nosso adversário a reação foi bastante positiva e o pequeno-almoço voltou a ser sereno e de convívio.
A viajem de autocarro para VRSA foi calma demais, contrastando com as cantorias do dia anterior, nota-se algum cansaço e uma certa apreensão relativa a um encontro que se disputa numa fase a eliminar.
Após a preleção que antecedeu o início do encontro sentimos a equipa motivada e empenhada em buscar o triunfo que nos permitisse alcançar os oitavos de final e o aquecimento decorreu dentro dos parâmetros definidos.
Com o pontapé de saída veio o primeiro dissabor, num remate direto à nossa baliza a bola fica prensada entre o guarda-redes e o poste, caindo para o interior das redes. Entrando no jogo a perder, rapidamente pegámos no jogo e após algumas oportunidades chegámos à igualdade. Um minuto depois novo balde de água fria, uma jogada de contra-ataque, do nosso adversário, em que não conseguimos interceptar um remate cruzado, uma defesa a resvalar para o segundo poste e o corte já para lá da linha, segundo o árbitro, que deixou muitas dúvidas, mas estava apontado o centro do terreno e nada podíamos fazer. Pouco depois nova jogada de contra-ataque da equipa Espanhola, tirada a papel químico da anterior, e na tentativa de corte a bola toma a direção da nossa baliza sem possibilidade de defesa, rapidamente o resultado chega a 3-1 e a falta de sorte começava a tomar conta do nosso jogo pois para além dos golos consentidos de uma forma inglória não eramos capazes de concretizar as inúmeras oportunidades que íamos criando, nas quais se conta uma grande penalidade. Ainda assim a poucos instantes de terminar a primeira parte do jogo conseguimos reduzir o placar para 3-2, num fantástico cabeceamento após a conversão de um canto.
O segundo tempo trouxe uma equipa Almadense empenhada em conseguir dar a volta ao jogo, no entanto os ferros da baliza e os defesas, colocados sobre a linha de golo, iam evitando que o resultado sofresse alteração.
Fazendo jus a um ditado bem Português, tantas vezes chegámos à baliza que conseguimos concretizar uma das muitas oportunidades, e o empate a três bolas aumentou o índice de confiança da nossa equipa, e na jogada seguinte poderíamos ter passado para a frente do marcador, mas uma vez mais não tivemos a sorte ou o engenho para concretizar.
A seis minutos do fim, quando nada o fazia prever, sofremos o quarto tento do Granada, o qual aconteceu após um dos nossos poucos erros defensivos, neste Mundialito, e que aconteceu porque sentíamos a confiança de estarmos a jogar melhor que o nosso adversário.
Este momento foi crucial para a nossa equipa, aqui sentimos um enorme revés anímico nos nossos atletas, a sorte não esteve do nosso lado um único momento deste jogo, e os minutos restantes foram de muito sofrimento na tentativa desesperada de chegar, uma vez mais, ao empate, mais com o coração do que com a cabeça, o discernimento ia diminuindo em cada jogada, ainda assim sobre o apito do árbitro ainda tivemos o ensejo, mas estava escrito que este não seria o nosso dia e o final do jogo deixou-nos desolados, tristes e revoltados, um jogo que não estava destinado e que após tantas contrariedades seria impossível ultrapassar com o sucesso merecido,
Terminando a nossa aventura futebolística no Mundialito 2012!
O restante deste dia e os dias seguintes foram passados com uma angústia indescritível de quem tinha a completa noção que poderia ter chegado às meias-finais deste grande evento mundial do futebol infantil.
Dias 6 e 7 de Abril:
Depois da nossa saída da competição houve lugar a usufruir de momentos familiares, assim o penúltimo dia da competição foi passado com os pais, reunindo-se o grupo no hotel à hora de jantar.
Quando todos os atletas já se encontravam de pijama, preparados para dormir, foram surpreendidos com a comunicação que deveriam mudar de roupa para irmos à discoteca. Assim, em ambiente de euforia e de look arrojado, descemos ao piso -1 e durante uma hora entrámos noutra dimensão, da música e da dança.
Na manhã do dia seguinte, nova surpresa após o pequeno-almoço com a ida do grupo à piscina interior, em jeito de despedida de uma semana fantástica entre o hotel e o futebol.
A tarde foi passada em VRSA, presenciando as finais do Mundialito 2012, antes do regresso a Almada.
Em todos nós ficou o desejo de poder repetir a presença neste evento fantástico!